top of page

SOBRE

Carlos Alexandre Gonçalves é PROFESSOR TITULAR da UFRJ e desenvolve três projetos de pesquisa nessa instituição. Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq desde 2000 e Cientista do Nosso Estado da FAPERJ a partir de 2013, vem orientando dissertações de mestrado, teses de doutorado e trabalhos de iniciação científica sobre questões referentes à morfologia e à fonologia do português

PESQUISAS EM ANDAMENTO

Fronteiras em morfologia: composição e derivação

 

Descrição: procuramos mostrar, seguindo Baker (2000) e Ralli (2007), que as unidades envolvidas na formação de palavras podem ser dispostas num continuum morfológico determinado tanto por propriedades estruturais quanto semânticas. Para esses autores, afixos e radicais livres ocupam os dois extremos da escala, enquanto radicais presos (neoclássicos) localizam-se em posições mais ao centro. Uma abordagem dessa natureza representa as semelhanças compartilhadas por diferentes constituintes, como, por exemplo, a propriedade fixidez (boundness), característica tanto de afixos quanto de radicais neoclássicos. Com base em formações mais recentes do português (sobretudo em sua variante brasileira), pretendemos demonstrar que vários tipos de elementos morfológicos, além de radicais presos, podem ser dispostos no continuum radical-afixo, pois igualmente dão mostras da dificuldade de categorizar como compostas ou derivadas as construções morfológicas de que participam.

Composição e derivação: constituintes morfológicos, enfoques e perspectivas de análise

 

Descrição: O principal objetivo deste projeto é discutir as diferenças entre os dois principais mecanismos de formação de palavras, a composição e a derivação, de modo a fornecer evidências do português brasileiro em favor da proposta de Baker (2000), Ralli (2007, 2010) e Kastovsky (2009), para quem esses processos constituem os extremos prototípicos de um continuum, havendo, em decorrência, casos limítrofes com propriedades duas operações morfológicas. Mapear e descrever os mecanismos de formação de palavras que se situam entre a composição e a derivação constitui outro objetivo central desta proposta, já que a discussão sobre o estatuto de elementos morfológicos que compartilham propriedades de radicais e afixos, as chamadas formas combinatórias, como trocínio, de 'patrocínio', e drasta, de 'madrasta', vem ganhando destaque nos estudos contemporâneos (WARREN, 1990; LEHRER, 1998; DUNKS, 2003; KENESEI, 2007; FANDRICH, 2008). A mudança no estatuto de radicais neoclássicos, como bio-, -latra, eco- e -dromo, também é analisada no projeto, pois autores como Bauer (2005) e Booij (2005, 2010) a consideram uma das principais evidências da flexibilização de fronteiras entre a composição e a derivação. 

Morfologia e uso: por novas perspectivas para o ensino de português

 

Descrição: O objetivo deste projeto é propor a necessidade de buscar novos "caminhos" para os estudos de morfologia de português no ensino médio. Geralmente, o que livros didáticos propõem no estudo dessa área está muito distante do uso. Além disso, a interface com a semântica e com o texto não é explorada. Fundamentando-nos em autores como Gonçalves (2005; 2011a; 2011b; 2012), Gonçalves & Almeida (2014), Basílio (1987; 2010; 2011) e Vivas (2010; 2011; 2015), pretendemos, em futuros trabalhos, aplicar ao ensino o que é produzido e discutido em morfologia no âmbito acadêmico. Focalizando o uso e o texto, apresentaremos possibilidades de efetivar um ensino de morfologia, conforme o que apregoam os PCN.

bottom of page